Salmo Urbano

Ergo os olhos para os mor­ros: de onde me virá o socorro?

O meu socorro vem do Senhor que fez o céu e a terra,
a cidade e o sertão.

Livra-me, ó Deus, da vio­lên­cia das ruas, da injus­tiça dos palácios,

da explo­ra­ção dos ricos, da ver­go­nha dos maus políticos,

dos cri­mes de san­gue, dos cri­mi­no­sos de cola­ri­nho branco,

das arma­di­lhas dos meios de comu­ni­ca­ção,
da ido­la­tria do con­sumo e dos tem­plos do mercado.

A minha alma anseia pelo Senhor,
mais do que o sem-teto pelo fim da tormenta.

Mais do que o vigi­lante pelo rom­per da manhã,
espere, toda a cidade, no Senhor,
pois no Senhor há mise­ri­cór­dia e não miséria;

nele há favor e não pavor; nele há espe­rança e não espera;

enfim, nele há a Vida para sem­pre e a FELIZ-CIDADE.

Luiz Car­los Ramos

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