“ O Corinthians é um simbolo de brasilidade, do que nós somos. Você falou da questão de acesso aos jogos, realmente isso limita muito a grande massa, não só a corintiana. Agora, a paixão, isso não modifica, porque ela está enraizada. Eu, se presidente do Corinthians, faria jogos casados, um caro e um barato. Você poderia comprar só para um deles. Jogos do mesmo peso”, opinou.
Convidei o Sócrates para um bate-papo. O considero o maior jogador dos cem anos de história. Não pelo estilo único e inqüestionável genialidade. Magrão representou a luta dos pobres contra o poder, a alegria humana nas relações, não no dinheiro, e a sociedade mais justa e inteligente. Ninguém expressou o melhor da essência corintiana tal qual ele.
E a importância das conquistas?
“O título tem mais relação com aquela coisa interpessoal, com vizinho e amigos, mas é o menos importante daquilo que é o sentimento. O título é efêmero. Amanhã começa outro campeonato, que será muito mais difícil de ganhar porque ninguém ganha tudo sempre. O que vale é a paixão, independentemente de conquistas. Você vê isso no corintiano quando ele perde e usa a camisa no dia seguinte”.
Jogar no Corinthians mudou sua maneira de ver a sociedade ou de questioná-la?
“Boa parte do que eu sou eu devo ao que aprendi com a torcida corintiana”.
Em algum outro time você poderia ter vivido a mesma coisa?
“Não”
Dê um recado à nação corintiana.
“Corra atrás da felicidade. O Corinthians é um bom braço para isso”
Corinthians divino!
“Não vejo o Corinthians com idade. É como Deus. Deus não tem idade. O Corinthians é muito maior que a idade que ele possa ter. É um simbolo, uma essência, um sentimento, é claro que o centenário tem um valor simbólico e as pessoas se reúnem em torno desse simbolo, mas isso é secundário em relação à importância que tem algo que agrega tanta gente de origens absolutamente distintas”, falou o doutor.
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