Sarmo Vinte e Treis Caipira, Carlos Alberto Rodrigues Alves

SARMO VINTE E TREIS

O Sinhô é meu pastô e nada há de me fartá
Ele me faiz caminhá pelos verde capinzá
Ele tamém me leva pros córgos de águas carmas
Inda que eu tenha que andá
nos buraco assombrado
lá pelas encruzinhadas do capeta
não careço tê medo de nada
a-modo-de-quê Ele é mais forte que o “coisa-ruim”
Ele sempre nos aprepara uma boa bóia
na frente de tudo quanto é maracutaia
E é assim que um dia
quando a gente tivé mais-prá-lá-do-que-prá-cá
nóis vai morá no rancho do sinhô
pra inté nunca mais se acabá…

Em junho de 1984, peguei a viola e fiz uma releitura deste salmo do Rei Davi. Dei-lhe um tom caipira-pirapora de festa junina. Segue o Salmo com pintura Naif de Militão dos Santos.
CARLOS ALBERTO RODRIGUES ALVES (IPBCURITIBA-JUN1984)

Foto: Cláudio Carvalhaes

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